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O Tripé das relações saudáveis

Todas nós queremos (e merecemos) relações saudáveis.

Seja no trabalho, na escola, na faculdade, em relacionamentos amorosos ou em família, é fundamental saber interagir com os mais diferentes tipos de pessoas e cultivar boas relações. Hoje vou entregar para você a consciência do “tripé para relações saudáveis”!

No Café com Tata Yaga de hoje você vai refletir sobre as relações na nossa atualidade, sobre amores líquidos e claro o tripé das relações saudáveis na prática!

Hoje acordei pensando em mim e nas inter-relações que vivo, especialmente no que consiste a viver em uma época de liquidez da força das palavras ditas.
E assim em meu coração na busca do entendimento da palavra “comprometimento” invoquei a Deusa Hera que abençoa todas as relações:
 

 

Hera
Grande e Poderosa Hera
Mãe dos Deuses
Mãe dos mortais
Senhora que semeia a Terra com Beleza e seu amor

Mãe que nos acomoda em seu colo quando buscamos conforto
Dama digna que Reia gerou
Faça de mim Teu reflexo de beleza, fidelidade e sabedoria
Pois Tua filha eu sou!

Acalenta-me em teu colo quando os dias forem dolorosos
Aconselha-me quando eu estiver desorientada
Com tuas mãos guia-me quando eu estiver perdida
Proteja-me dos males que o mundo lança às mulheres
E jamais me permita ser indigna da honra de ser Tua representante,
Da honra de ser mulher!

Agradeço por ter me dado a vida
Agradeço por me permitir cultuá-la
como fizeram minhas irmãs do passado.
Sou filha e sacerdotisa da Grande Hera

E á Ela dedico toda a honra devida…
Salve Senhora de grandes olhos…
Salve Grande Hera!”
(prece de Neftis Rubi Areia)

A época relações líquidas

Será que os jovens estão certos, a medida em que ficamos mais velhos nos tornamos saudosistas. 
E eu me vejo aqui transitando entre o tempo e o espaço dos meus anos vividos para trazer o conteúdo de hoje sobre relações humanas mais saudáveis.

Já se foram os tempos em que a palavra representava o caráter individual. Antigamente o que o ser humano tinha de mais valioso era sua palavra.

Comprometer-se através da sua palavra era um decreto de vida, onde o firmamento da voz tinha a dimensão exata do ser e estar ali presente e do que era exatamente necessário ou importante para o firmamento da clareza, parceria e respeito nas relações.

O momento social presente nos coloca muito como protagonistas e independentes em nosso caminho, nos distanciando de que fazemos parte de um todo. 

Nos distanciando de que somos o que somos porque temos ao nosso lado pessoas que nos permitem refletirmos e nos olharmos para reconhecermos.

Afirmamos quem somos e o que somos porque temos ao nosso lado pessoas que nos permitem refletir e nos olhar  para reconhecermos.

Em um mundo de que somos dependentes da tecnologia e que tudo acontece muito rápido, de um mundo irreal feito de bits e bytes que pode ser trocado ao toque em uma tela.

Nos esquecemos muitas vezes que por trás de toda essa tecnologia temos pessoas, temos uma energia pulsante palpável que reflete uma parte de nossa alma.
 

Talvez o momento histórico de relacionamentos superficiais que vivemos hoje tenha tudo a ver com nossos aprendizados sobre relações. 

Uma das primeiras necessidades do ser humano é a conexão e aceitação. 

Tal necessidade é de desenvolvermos laços de intimidade, laços emocionais, de sentirmo-nos pertencentes e aceitas.

O sentimento de ser amável, merecedora de amor, afeto, atenção, cuidado e carinho são primordiais para o bem-estar emocional de qualquer pessoa.

O sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, em Amor Líquido traz uma grande reflexão sobre a liquidez das relações fazendo uma analogia de que os relacionamentos no século atual se assemelham as relações de consumo: consumimos e somos consumidos por pessoas, assim como consumiríamos algum objeto de desejo em oferta em um shopping.
 
Quantos mais likes, curtidas e resultado de engajamento mais valor temos como moeda virtual de uma vida que na verdade não é o dia a dia, o real.
 
Com isso não aprofundamos os relacionamentos. Eles se tornam superficiais e frágeis, o chamado amor líquido de Bauman. As relações deixam de ser orgânicas para se transformarem em meras conexões.
 
Quantas vezes você já se deparou com a cena num restaurante, ou num bar, onde as pessoas sentadas em vez de interagir entre si estão com olhos (e consciência presente) voltadas para a telinha do celular?
 
Quem sai comigo para passear ou festejar sabe que sou daquelas que perco a foto, mas não perco o instante de estar com outro. Sempre esqueço de tirar fotos dos encontros e dos passeios que faço com as pessoas, eu quero é viver o instante e o momento de partilha que estamos vivendo. E guardo os momentos em minha câmera mental, nos sentimentos e nas sensações das trocas reais.
 
Ainda sobre o Amor Líquido, de Bauman, resumindo as relações deixaram de ser orgânicas para se transformarem em meras conexões porque estão voltadas totalmente para o individualismo.
Hoje a busca do ser humano pautada no Ser e Estar traz o individualismo como protagonismo bem de uma forma infantil: se você não tem atenção não é amada. 
E assim o caminho das relações se torna uma busca individual de satisfazer as próprias necessidades pontuais, o que é amor líquido em sua essência.
 
Na verdade, com um mundo cada vez mais individualizado e frágil em suas relações, estabelecer e comprometer-se em vínculos de compromisso, relações saudáveis, parecem ser um grande desafio. 
Porém com consciência de si é muito mais fácil superar este desafio!

O tripé das relações

O ser humano precisa do outro, precisa do olhar, do toque, do abraço … e tudo isso se conquista através do contato verdadeiro.

 
O tripé das relações saudáveis é o “Respeito, Confiança e Comprometimento”. Essas são as bases de todas as relações humanas.
 
 

É claro que nem todas as trocas de sua vida serão de profundidade, porém inconscientemente (ou não), nossas expectativas da relação com as pessoas passam por esse tripé.

De forma simplificada, podemos definir relações saudáveis como aquelas que permeiam a igualdade de oportunidades aos envolvidos e que harmoniza o ambiente.

O tripé é o mínimo que esperamos em nossas relações que queremos mais profundidade: respeito, confiança e comprometimento.

Agora se quiser relações mais profundas e vindouras, relações saudáveis, você precisa se colocar mais a disposição de exercer esse tripé. 
Tudo que acontece na sua vida parte do para onde você direciona a sua energia.
 
 
Respeito
Respeitar vai além do simples formal social, do calar-se diante de um confronto, do se abster de gerar um conflito, ou de se esconder com medo que o outro não te ame.
Respeitar é mostrar-se, revelar-se, é reconhecer a fraqueza e a força do outro e não ter medo de mostrar a sua fraqueza e sua força.
 

Confiança
Confiança é quando podemos descansar no outro, é o olhar que encontra acolhida, que encontra resposta, que encontra a cumplicidade. É quando numa relação temos o coração aberto e singular, somos um só coração.

Comprometimento
Comprometimento é o querer transformado em ação. O comprometimento te coloca à disposição do outro e a você mesma, ambos sabendo até onde podem se comprometer, nem um pouco mais ou menos, simplesmente o que a relação pode acolher, porque nela há a verdade de cada um.

Agora vou te dar cinco dicas para começar a colocar a energia de busca das relações para saudáveis em sua vida e também de exercer na prática o tripé das relações.

Iniciando relações saudáveis

1 – Entenda que as pessoas são diferentes

Compreender que as pessoas não pensam todas da mesma forma, não agem do mesmo modo e não vivem de forma igual é o primeiro e mais importante passo para cultivar boas relações.

Depois de entender e aceitar as diferenças, vai ficar muito mais fácil se abrir para o novo, para o que não se vê no espelho.

 

2 – Seja tolerante, ou melhor empática

Depois de entender que somos todos diferentes e vivemos de maneira distinta, é preciso exercer a tolerância. Às vezes é muito difícil aceitar algumas ideias e visões de mundo completamente diferentes das nossas.

 

O mais importante não é julgar, e sim ser ter uma escuta ativa, compreensiva e aceitar que cada um é livre para pensar o que quiser.

 

Ser tolerante é uma forma de ter mais paz, de cultivar relações mais saudáveis e de combater sentimentos negativos.

Receba o que o outro tem a te dar e isso a sua peneira para saber o que fica e o que tem que ir embora.

Agora você pode trocar a palavra tolerante por ter escuta ativa em sua vida.

 

3 – Aprenda a ouvir e a entender

 

Em um mundo cada vez mais individualista e egocêntrico, uma ação tão simples é, muitas vezes, subestimada: ouvir é estar atenta ao que lhe é transmitido, o que falei de escuta ativa.

Porém, escutar o outro é também demonstrar que você tem interesse, que você valoriza algo além de apenas a si mesmo e que respeita as ideias de outra pessoa.

E de fato vai aprender muito sobre si escutando os outros.

Ouça sem julgar, sem interromper e sempre tentando exercer a empatia, ou seja, se colocando no lugar de quem está se abrindo contigo.

 

Acolha o que lhe foi ofertado e depois compreenda como o que recebeu reflete dentre de você.

A comunicação é um caminho de duas mãos: você se descobre e se entende e também descobre e compreende o outro.

Tentar entender o que se passa na cabeça da outra pessoa é essencial para cultivar um bom relacionamento. E se não entender pergunte para elucidar melhor as suas ideias, nada de ficar nos achismos.

4 – Confie no outro

Só porque alguém um dia lhe deu motivos para não confiar, não significa que todas as outras pessoas também não são dignas de sua confiança.

 

Confie nas pessoas até que tenha motivo para não mais confiar. Se permita com sabedoria.

 

Além disso, vale lembrar que a confiança também é uma via de mão dupla: mantenha sua palavra e seja digna de confiança. Sem isso não há como construir uma boa relação.

 

5 – Não leve tudo para o lado pessoal

Aprenda a desapegar de algumas pequenas coisas que causam incômodos no dia a dia.

 

É bem difícil se relacionar com alguém que se ofende muito facilmente, que analisa tudo o que lhe dizem, que parece estar sempre desconfiada e perde o controle com muita facilidade.

 

Muitas vezes é complicado trabalhar estas questões rotineiras, cotidianas. A falta de autoconfiança, de autoestima e problemas em confiar em outras pessoas fazem com que construir relações saudáveis seja uma tarefa árdua e muito desafiadora.

 

Nestes casos, um profissional pode ajudar a identificar aquilo que obstrui o caminho e a ver a situação de uma maneira diferente.  da psicoterapia. Leve seus bloqueios e entraves para trabalhar com a psicoterapia.

Que a partir de hoje você possa experienciar as relações com mais harmonia e profundidade.

Bjus de Luz, até a próxima!

Tamaris Fontanella

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