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Tecendo o Destino: A Sabedoria da Mulher-Aranha | Devaneios da Deusa

A história da “Mulher-Aranha”, uma entidade sagrada que tece sua teia próxima à cama da avó, traz consigo lições valiosas sobre criação, conexão e propósito.

Neste artigo, aprendendo com as histórias, mergulharemos nas profundezas dessa narrativa ancestral, explorando suas metáforas e reflexões que ecoam em nossa própria jornada.

O conto da "Mulher-Aranha"

Uma aranha fiava sua teia próximo à cama da avó (Nokomi). Todos os dias ela observava a aranha trabalhar. 

Alguns dias depois, o neto entrou e, ao ver a aranha na teia, pegou uma pedra para matá-la. Mas a avó não deixou. O garoto achou estranho, mas respeitou o seu desejo.

A velha mulher voltou-se para observar mais uma vez o trabalho do animal e, então, a aranha falou: 

– Obrigada por salvar minha vida. Vou dar-lhe um presente por isso. Na próxima Lua nova vou fiar uma teia na sua janela. Quero que você observe com atenção e aprenda como tecer os fios. Porque esta teia vai servir para capturar todos os maus sonhos e as energias ruins. O pequeno furo no centro vai deixar passar os bons sonhos e fazê-los chegarem até você.

Quando a Lua chegou, a avó viu a aranha tecer sua teia mágica e, agradecida, não cabia em si de felicidade pelo maravilhoso presente: Aprenda, dizia a aranha.

Finalmente, exausta, a avó dormiu. Quando os primeiros raios de sol surgiram no céu, ela acordou e viu a teia brilhando como joia graças às gotas de orvalho capturadas nos fios.

A brisa trouxe penas de pomba que também ficaram presas na teia, dançando alegremente e, por último, um corvo pousou na teia e deixou uma longa pena pendurada. 

Por entre as malhas da teia, o Pai Sol sorria alegremente. E a avó, feliz, ensinou todos da tribo a fazerem os filtros de sonhos. E até hoje eles vêm afastando os pesadelos de muita gente.

Conhecendo a "Mulher-Aranha"

A “Mulher-Aranha” ou Kokyang Wuhti é um ser criativo. Esta entidade sagrada é uma pessoa e muitas ao mesmo tempo.

Seu nome deriva do povo Hopi, uma civilização que tem vivido no Arizona há incontáveis séculos.

A palavra Hopi tem sido traduzida de diversas formas, incluindo “pacífico”, “justo” e “virtuoso”, sendo seu significado mais comum “povo pacífico” ou “povo da paz”.

Este povo agrícola deixou marcas dos seus clãs por todo o sudoeste, influenciando significativamente sua cultura e tradições.

Para os Hopi, a “Mulher-Aranha” não apenas representa um ser criativo, mas também detentora de todo o conhecimento e onipresente. Ela pode assumir diversas formas, desde uma jovem até uma velha, ou até mesmo se transformar em uma aranha. Ademais, sua capacidade de ser vista ou tornar-se leve como o ar confere-lhe características únicas.

O arquétipo da "Mulher-Aranha"

A “Mulher-Aranha” é considerada a Mãe de Tudo: segundo o mito indígena, o mundo foi criado por ordem do deus-sol. Havia também a “Mulher-Aranha”, que deu vida ao mundo, criando plantas, animais e finalmente seres humanos da terra e de si mesma. Ela possui poderes divinos e sabedoria ilimitada. Sabe todos as linguagens. Tem acesso profético ao futuro. Kokyang Wuhti é guardiã e ela cuida da proteção e do bem-estar das pessoas necessitadas.

Por sua associação com a terra na qual vive, ela tem as características de uma deusa da terra, é velha como o tempo e jovem como a eternidade.

A teia é um arquétipo poderoso que sintetiza a nossa conexão com todo o Universo; todos nós estamos fazendo parte da Grande Teia Universal e por isso nossas ações e atitudes influenciam o Todo.

Nos conceitos metafísicos, a vida é vista como uma grande teia em que cada ser humano é um dos seus fios. Nesse contexto, a aranha desempenha um papel crucial, pois, através de sua incessante atividade de tecer, pegar insetos e matar, simboliza a eterna alternância de forças que asseguram a estabilidade do cosmos.

Além disso, as aranhas atuam como intermediárias entre o céu e a terra, desempenhando um trabalho essencial de fiar, capturar, desfazer e renovar a teia.

A visão de Jung sobre a aranha a destaca como símbolo do Self. Para ele, a aranha representa a parte da personalidade que inclui e integra tanto o consciente quanto o inconsciente.

Essa integração abrange aspectos como o claro e o escuro, a luz e a sombra, e até mesmo a dualidade entre a vida e a morte. Portanto, a aranha assume uma relevância simbólica profunda no entendimento metafísico da existência humana.

Reflexão antes do aprofundamento

Como uma aranha tecelã você é responsável pela criação e manutenção do universo, fiando e tecendo continuamente a vida. Esse processo de criação não é inerente somente a si própria, mas também te concede o poder de criar e fiar a todos os seres humanos.

Quero que possa refletir por alguns instantes, :

  • Como sua Teia tem te conectado com todo o Universo? 
  • Como você tem fiado e cuidado da Teia que cria? 
  • Como sua Teia revela o poder e o propósito de cada fio da sua ação e repercussão no plano material, mostrando também seu entrelaçamento com os outros fios ao nosso redor?

Os pesadelos não são somente aqueles que vivenciamos enquanto dormimos… os pesadelos mais fortes acontecem assim, à luz do dia, quando você se perde fiando seu destino ou se entrelaçando com teias que te tiram do seu propósito de vida. 

A partir de hoje, fio a fio, volta a volta, sua Teia vai se moldando com mais consciência, sempre aguardando o Pai Sol sorrir alegremente para você todos os dias!

A Sabedoria da Mulher Aranha: Lições de Vida na Teia do Universo

Introdução: A história da “Mulher-Aranha”, nos traz uma entidade sagrada que tece sua teia próxima à cama da avó, traz consigo lições valiosas sobre criação, conexão e propósito. 


Momento 1: Reconhecendo a Teia da Vida A avó, ao impedir o neto de prejudicar a aranha, nos ensina sobre respeito à vida e à criação. Assim como a “Mulher-Aranha”, somos todos tecelões em nossa jornada, responsáveis por nossa própria teia. Ao reconhecermos a interconexão de todos os fios, iniciamos a compreensão de nossa Teia pessoal e universal. Reflexão 1: Palavras-Chave: respeito, vida, interconexão


Momento 2: A Magia da Teia e Seus Presentes A promessa da “Mulher-Aranha” de criar uma teia na janela da avó revela a magia e os presentes que podem surgir da criação consciente. Cada fio representa a captura de maus sonhos e a passagem dos bons, ensinando-nos sobre a importância de filtrar as energias que permitimos em nossa vida. Reflexão 2: Palavras-Chave: magia, criação consciente, filtragem de energias.

Momento 3: Ensinos Diários da Natureza Os elementos naturais, como as penas de pomba e a visita do corvo, evidenciam a conexão entre a Teia da “Mulher-Aranha” e o ciclo da natureza. Assim como a avó compartilhou os filtros de sonhos com sua tribo, somos instigados a aprender com a natureza e ensinar uns aos outros. Reflexão 3: Palavras-Chave: natureza, ciclos, partilha de sabedoria.

Momento 4: A Teia como Espelho da Vida Analogamente à Teia, somos orientados a refletir sobre como tecemos nossos destinos. A aranha tecelã simboliza nossa responsabilidade na criação e manutenção do universo pessoal. Cada ação, fio a fio, molda nossa jornada com consciência e propósito. Reflexão 4: Palavras-Chave: responsabilidade, consciência, propósito


Conclusão: Tecendo Nossa Própria Jornada Assim como a avó despertou para a sabedoria da “Mulher-Aranha” , somos convidados a tecer nossas próprias jornadas com consciência, respeito e propósito. Que, ao seguir as lições da Teia, possamos criar uma realidade onde bons sonhos se entrelaçam, proporcionando uma vida plena e significativa. Palavras-Chave Gerais: Mulher Aranha, Teia da Vida, Criação Consciente, Interconexão, Sabedoria Ancestral, Natureza, Propósito, Jornada Pessoal, Respeito à Vida.

Ao explorarmos a rica trama da história da “Mulher-Aranha”, somos lembradas da intrincada teia que conecta cada fio de nossa própria jornada.

Assim como a aranha tecelã, nós também desempenhamos um papel crucial na criação e manutenção do universo que habitamos. A sabedoria transmitida por essa entidade sagrada nos convida a refletir sobre a forma como tecemos nossas próprias teias na vida cotidiana.

A teia é um símbolo poderoso que transcende o mito, alcançando a compreensão profunda da interconexão entre todos os seres. Cada ação, cada escolha, é um fio que contribui para a trama complexa de nossa existência.

Como a “Mulher-Aranha” nos ensina, nossas teias têm o poder de capturar não apenas os maus sonhos, mas também de manifestar nossos bons sonhos na realidade.

Ao acolher a lição dessa ancestral tecelã, somos desafiadas a fiar nossos destinos com consciência e propósito. Cada momento de nossas vidas é uma oportunidade para contribuir para a vasta teia do universo, influenciando e sendo influenciadas por seus intrincados padrões.

Que essa jornada pelo conhecimento da “Mulher-Aranha” inspire a expansão de nossa consciência, lembrando-nos de que somos, de fato, criadoras de nossa própria realidade.

Assim, continuamos a tecer nossas teias com sabedoria, amor e alegria, à medida que navegamos pela jornada única que é a vida.

Até a próxima,

Tamaris Fontanella.

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