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Codependência nas relações: A Culpa é da Deusa Hera!

A sua dependência nas relações, a submissão e a rejeição é culpa da Deusa Hera!

Foi brincando (seriamente) com essa chamada, e trazendo a defesa do Deslocamento, que eu te convidei para o Café com Tata Yaga de hoje!

Mitologia e as dependência nas relações

Para começar, vamos refletir sobre o impacto simbólico do casamento de Hera e Zeus, um mito que marca a transição do matrifocal para o patriarcado. 

Até hoje, essa mudança histórica ecoa em nossas relações humanas, moldando comportamentos e crenças.

Por exemplo, ainda vivemos em uma sociedade onde a violência contra as mulheres é frequentemente atribuída a estereótipos como comportamento inadequado, omissão, rebeldia ou carência emocional.

Além disso, a dependência nas relações surge como um reflexo de feridas emocionais profundas, muitas vezes enraizadas em narrativas culturais e históricas.

Libertação da dependência nas relações

Pensando nisso, o Café com Tata Yaga convida você a mergulhar no universo mítico da Deusa Hera.

Nesse encontro, vamos explorar as feridas sagradas presentes em muitas relações modernas e como elas afetam a dinâmica emocional.

E mais, você aprenderá como desenvolver sua Inteligência Emocional para lidar com essas questões com mais consciência. 

Assim, poderá transformar sua relação com a dependência emocional e, acima de tudo, desfrutar sua vida com mais leveza e prazer.

 

Então, que tal se juntar a essa conversa cheia de significado e transformação? 

Com certeza, você sairá com novos insights para fortalecer suas relações e, principalmente, sua conexão consigo mesma.

O mecanismo de defesa

Vamos começar com uma pergunta importante: 

  • Quantas vezes você lançou a culpa de suas dores ou desencontros na vida para alguém ou algo externo? 

Como mulheres conscientes dos impactos do patriarcado, podemos até apontar o dedo para uma única mulher que nos entregou tantas mazelas: a Deusa Hera.

Mas será que essa culpa é realmente dela?

Aqui entrará o conceito do Recalque, um mecanismo da psicanálise que age como uma espécie de guardião entre os impulsos do Id e as regras do Superego. 

Em outras palavras, você vai mergulhar em uma libertação de pensamentos, desejos e sentimentos dolorosos, mas, consequentemente, com uma ótima cura para sua consciência.

Recalque x deslocamento

No entanto, o recalque sozinho não resolve o conflito. 

É aqui que surge o Deslocamento, outro mecanismo de defesa. 

Basicamente, ele redireciona os sentimentos – especialmente emoções intensas como raiva – para longe da verdadeira origem do conflito. 

Assim sendo, essas emoções acabam projetadas em alguém ou algo que parece mais inofensivo.

Por exemplo: em vez de confrontar as fontes reais de ansiedade ou insatisfação, é mais fácil culpar Hera pelas dores da dependência emocional em nossas relações.

Mas a boa notícia: a mesma Deusa que “leva a culpa” também pode ser uma poderosa aliada na busca por equilíbrio e libertação emocional.

Refletindo sobre suas emoções

Agora, que tal refletir sobre isso?

➡ Você já percebeu como redireciona suas emoções para situações ou pessoas que nada têm a ver com a origem do problema?
➡ Como seria assumir a responsabilidade por essas emoções e usá-las como ferramentas para o autoconhecimento?

O próximo passo é claro: mergulhar no aprendizado com Hera. Não para culpá-la, mas para encontrar inspiração e força em sua história. 

Afinal, o empoderamento feminino começa quando deixamos de deslocar nossas dores e começamos a transformar nossas narrativas.

Pronta para o desafio? Vamos juntas!

A Deusa das relações: Hera

Hera, uma das mais antigas e poderosas deusas do mundo mediterrâneo, nos primórdios reinava sozinha e sem consorte, verdadeira herdeira da tradição da Grande Mãe.

Uma deusa antiga que tem templos, imagens e construções datadas desde 800a.C (Samos e Argos), e sítios tão distantes no Egito, Babilônia e Síria.

Existe uma estátua em Olímpia onde Hera está sentada com Zeus de pé ao seu lado, evidentemente mostrando qual era sua posição de superioridade.

E acima de tudo, tem seu poder, porque foi reverenciada por diversos cultos disseminados por toda a Grécia.

 

No entanto, poetas e historiadores no período helenístico e clássico lhe atribuíram um papel de menor importância.

Hera é descrita como a esposa ciumenta e vingativa, uma deusa insegura, cruel e injusta, padroeira do casamento e da fidelidade, que ela respeitava e cumpria apesar do alto preço a pagar.

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Conhecendo Hera

Os mitos que relatam o casamento entre Zeus e Hera o simbolizam fortemente como a passagem conflituosa das culturas matriarcais para patriarcais, as feridas do processo de tomada aos lugares santos da energia feminina que refletem traumas em nossa sociedade até os dias de hoje.

Hera é uma das mais poderosas deidades femininas, representa toda a sabedoria feminina, a fertilidade da terra e como Rainha dos Deuses é a defensora das mulheres e protetora de todos os estágios da vida feminina.

A união de Zeus e Hera

O mito da união de Zeus e Hera relata que a celebração do casamento durou 300 anos e em seguida o casal divino foi morar no monte Olimpo, onde Hera passou a dividir o trono com Zeus e ser a única deusa casada.

 

Seria a união perfeita entre as energias masculinas e femininas, o casamento sagrado, porém ocorreram brigas perpétuas por causas das traições de Zeus, momentos de vinganças de Hera, humilhações e disputas recíprocas, e claro a energética da  codependência nas relações

Zeus era um deus todo-poderoso, com comportamento tipicamente patriarcal, adúltero e dominador, que violentava deusas, ninfas e mortais e se gabava das suas conquistas e dos filhos ilegítimos.

De onde vem a fúria de Hera?

Hera aparece nos mitos clássicos e poemas homéricos como a consorte dependente e fiel, que usa seus poderes sobrenaturais e sua astúcia para se vingar das traições conjugais, matando as amantes e os filhos bastardos sem, no entanto, confrontar ou abandonar seu marido infiel.

Assim, Hera continuou junto a Zeus negligenciando grande parte da sua expressão de ser o que nos deixou um legado da energia feminina com a visão de ser vulnerável e dependente, colocando a posição da mulher e sua participação nas decisões como algo irrelevante.

 

Deixo aqui para você um momento de reflexão: 

  • Porque ainda repetimos os padrões que a história nos entregou de Hera que nos deixa na posição de tantas feridas sagradas espelhadas em nossas relações?

Nossas relações adoecidas

A relação conjugal de Zeus e Hera tornou-se o protótipo do casamento humano, com brigas, separações e repetidas voltas (olha o sinal de dependência das relações aí!).

Hera para manter sua sanidade se retirava na solidão durante algum tempo, mas voltava após a renovação da sua “virgindade” ao se banhar na fonte sagrada de Kanathos. 

Como tantas mulheres que voltam para sua relação tentando limpar-se das dores que lhe foram causadas, renascendo e acreditando que tudo vai mudar.

 

Em troca da sua fidelidade Hera esperava a mesma conduta do seu cônjuge e sua decepção se manifestou na amargura, ciúme obsessivo, raiva e vingança, bem como na projeção da sua libido reprimida e manifestada pela licenciosidade de Zeus.

 Como tantas mulheres que aceitam o seu destino e como sua escolha fosse a única opção de se relacionar e amar.

Explore o "Despertar da Essência Feminina", uma fascinante jornada de autodescoberta, cura e despertar do poder do feminino.

Agora chegou às suas mãos a resposta para a pergunta que você tanto me faz: Por onde deu começo!

A dependência nas relações

A sua dependência, submissão e rejeição é uma codependência.

A Codependência se desenvolve e se enraíza quando as necessidades físicas e emocionais da não são satisfeitas de uma maneira adequada.

O self autêntico vai construindo as etapas evolutivas com o apoio de um eu subordinado que desenvolve papéis que lhe permitem superar as experiências problemáticas, e que para sobreviver, lhe incitam a aprender a servir aos demais, descuidando-se de si mesmo.

Para suprir o que é problemático desenvolvemos como busca de uma segurança deslocar nossas obrigações e suprir nossas carências nos aliando a outra pessoa (ou outras). 

E essa aliança tem como objetivo fazer com que as pessoas façam o que queiramos que façam ou o que achamos que devem fazer.

 

Essa é a ilusão, pois não se pode mudar as pessoas. 

No desfecho, as pessoas que nos aliamos fazem o que desejam fazer, e isso se volta para nós de forma prejudicial e errada: só nos colando cada vez mais imersas nas situações problemáticas que queríamos sair.

A Mulher-Hera

O maior desgosto de Hera é a de não ser correspondida e se tornar refém do amor e da lealdade do “outro”, pois acredita que é apenas parte de um todo (lembra da metade da laranja, da tampa da panela ….) e não uma unidade em si.

Uma mulher que carrega a energética de Hera não deseja caminhar sozinha, sentindo-se incompleta sem um(a) companheiro(a).

Em geral é atraída por pessoas bem-sucedidas, projetando no outro o ser idealizado e fazendo dele o centro de sua vida, do qual é emocionalmente dependente. 

Mas quando a outra pessoa não realiza suas expectativas, essa mulher, se torna crítica e rancorosa, podendo com isto contribuir para deteriorar o relacionamento.

A mulher que está fortemente identificada com Hera pode se sentir oprimida em uma relação insatisfatória, incapacitada de se separar (libertar) e limitando muito sua vida que gira exclusivamente em torno do papel de ser a companheira perfeita.

A transformação da Mulher-Hera

Precisamos transformar o arquétipo distorcido patriarcal da Hera como esposa infeliz e dependente enraizado no nosso inconsciente, na cultura, literatura e ordem social vigente. 

Porque as relações não se minimizam só a querer casar, formar uma família e perpetuar a espécie.

Que possamos resgatar as suas raízes, sua equivalência coma Deusa Juno de Roma,  que traz em si uma maior autoridade e relevância com sua energia lunar de fertilidade da terra de uma antiga deusa mãe.

 

Para os gregos, a união perene de Hera e Zeus simbolizava a importância da manutenção do casamento. 

Para os romanos o casamento, lar e família tinham uma importância conjunta maior, louvando-se também a fertilidade e a maternidade como atributos divinos.

Hoje, aqui quero que sua consciência transcenda as feridas sagrads que nos foram transmitidas por Hera, pois não estou falando da tradicional concepção de família.

 

Que nosso Café com Tata Yaga de hoje,  traga para sua consciência a nova concepção de que todas as relações  te auxiliam a pertencer, a amar e te impulsionam a ser e estar cada vez mais na potência de sua alma.

Bjus de Luz

Tamaris Fontanella

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