Quando começamos os estudos de cura do feminino logo percebemos a relação entre as deusas e o sagrado feminino.
A primeira jornada que você terá que fazer, para reencontro com sua essência, é entender: Porque as Deusas são reverenciadas no Sagrado Feminino?
No meu livro Mulheres Visionárias traço um panorama bem profundo sobre o sagrado feminino, o matriarcado e a transição para o patriarcado.
E hoje te convido a entender a importância da reverencia a energia da Deusa.
Então agora, pega seu café e senta aqui comigo e vamos descobrir as deusas e o sagrado feminino!
As Deusas Sagradas Ancestrais
Nas culturas ancestrais, nós mulheres éramos reverenciadas como o próprio Princípio Divino Feminino.
Cada uma de nós era considerada o Vaso Sagrado, por termos a possibilidade de criar vida de dentro de nosso próprio corpo e nutrir essa vida com o alimento gerado de nós mesmas.
Esses povos ancestrais não tinham um calendário fixo como o nosso, conheciam somente a parte clara e escura do ano.
Observando a natureza – através do passar das estações, que determinavam o florescer, frutificar e morrer das árvores e plantas, a procriação, a migração e retorno dos animais e pássaros, o engrossamento, congelamento e degelo dos rios e lagos, as temporadas de chuvas, calor e estio – foram criando seus mecanismos de compreender o tempo e o espaço. E também a energia masculina e feminina.
Também não possuíam conhecimentos sobre os aparelhos reprodutores masculinos e femininos e o mecanismo de concepção.
Assim sendo, as mulheres acreditavam que teriam gerado seus bebês a partir delas mesmas, sem auxílio da energia procriadora masculina, e por isso eram adoradas como as doadoras da vida.
Tudo que havia vida estava sobre a égide de uma Deusa, como também tudo que nutria e o que regia a morte.
As Deusas Guardiãs dos segredos
O mistério da mulher é talvez o mais antigo e significativo assunto da história.
A primeira religião da humanidade foi o culto da Deusa Mãe (Magna Mater).
As mais antigas pinturas que retratam nossa humanidade datam de 25 a 30.000 anos a.C e em sua maioria representavam a relação humana com a fauna e a flora que os cercavam.
No entanto, a descoberta de uma estatueta conhecida como Vênus de Sireuil, com aproximadamente 92 mm, esculpida a partir de um seixo de calcite âmbar ligeiramente translúcido, que representa um corpo feminino em todas as suas curvas, e traz indícios de mais de 25 mil anos da existência. Trouxe a luz o mistério acerca da energia do feminino.
Na África do período Protoneolítico (9000 a 7000 a.C.) e do Neolítico Alto (4500 a 3500 a.C.), foram encontradas imagens de Deusas decoradas como se fossem objetos de adoração, relacionadas com a expressão da sexualidade feminina.
A grande maioria das esculturas neolíticas europeias retratavam o corpo feminino, muitas vezes sem a cabeça e às vezes sem pés e sem braços, e até 30.000 a.C. como arte erótica, que posteriormente foram reconhecidas como instrumentos de cultos dos antigos povos matriarcais através dos estudos arqueológicos e históricos.
Por volta do ano 5000 a.C., a nossa humanidade começa a trazer seus traços da criação de sociedades como as que temos no Oriente e dez séculos mais tarde na Europa.
Temos relatos de antigos cultos à Grande Mãe florescentes na Suméria, na Ásia Menor, no Egito e na ilha de Creta entre aproximadamente 4000 e 1000 a.C.
No Período Mesolítico, os primitivos habitantes da Europa já se organizavam em tribos e aldeias, cultivavam a sua terra e criavam seus animais para a subsistência dos seus povos.
A humanidade, ao começar a viver em grupos, passou a conviver com uma nova dimensão de sensações, sentimentos, sacralização e humanização.
Essas sociedades eram matrifocais, onde a mulher era considerada a guardiã de muitos segredos.
Essa visão matrifocal, de que a vida era responsabilidade da energia feminina, também se estendeu a uma cultura matrilinear: onde as crianças nascidas, deuses e heróis, recebiam o nome de sua mãe e de sua linhagem.
Consideradas “Sacerdotisas da Deusa”, as mulheres, portadoras de todo o poder presente na natureza, tinham status social mais importante do que os homens: de longe eram consideradas dependentes destes, e tinham funções sociais ligadas à vida, subsistência, cuidado e morte dos homens na Terra.
Por que reverenciamos Deusas e o Sagrado Feminino?
Quando entramos em contato com as Deusas, seus mitos e seus legados, encontramos a energética feminina que rege o ciclo de vida-morte-vida e entendemos que tudo que existe vai além de um só Deus (a visão patriarcal).
E quando acessamos a pulsação das Deusas encontramos a nossa pulsação feminina, a história da mulher que nos tornamos e ainda aquela(s) que vamos nos tornar.
Afinal, a Deusa é aquela dos 10.000 nomes e de infinitas possibilidades!
Bjus de Luz
Tamaris Fontanella
(texto com trechos do livro Mulheres Visionárias)
Seja sua própria medicina!
Tamaris Fontanella

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